Por Aliene Vilaça e Vivian Thais Leite
Ano passado, no Matão, realizamos a primeira edição do “Minas em Tech”, o programa da Casa Hacker exclusivo para meninas conhecerem um pouquinho do mundo da tecnologia. Em aulas muito interessantes dadas pelas professoras que vos escrevem, as minas trabalharam temas como eletrônica, programação, modelagem e impressão 3D, e vários outros.
As minas chegaram motivadas e cheias de gás para desenvolver as atividades. Montaram vários circuitos, acenderam “luzinhas”, programaram jogos, modelaram e imprimiram peças, e até puderam montar a própria impressora 3D.
Ao final do programa, tiveram o seu maior desafio: desenvolver um Mínimo Produto Viável (MVP) do zero. Mas o que é um MVP? É quando criamos um produto, com o menor custo, na intenção de testá-lo para saber o seu funcionamento, quais são as melhorias que devem ser feitas, e principalmente, quais são as possibilidades dele ser lançado no mercado. Em grupos, elas foram autônomas e responsáveis por todas as etapas do projeto, desde a parte financeira, como compras e pedidos de material, até a execução, montagem e apresentação do projeto. Uma banca formada pela Casa Hacker e pela PPG assistiu às apresentações e deu vários feedbacks legais para as meninas.
O primeiro grupo desenvolveu um sistema de irrigação inteligente (pra ver se a gente consegue parar de “matar” nossas plantinhas em casa). O projeto pretendia aproveitar a água da chuva na rega. Essa água era armazenada num reservatório, que bombeava para a plantinha sempre que um sensor indicasse que a terra estava seca. Até um modelo de telhado elas imprimiram para mostrar o processo do projeto!
Em outro grupo, as meninas se preocuparam em agilizar o atendimento dos postos de saúde. Criaram um dispositivo portátil para medir os batimentos cardíacos e a temperatura do paciente. Os componentes e o circuito elétrico ficavam numa caixinha e o “paciente” só precisava apoiar os dedos nos sensores para que seus dados aparecessem no visor!7
Uma casinha super fofa foi projetada para ser um umidificador de ar inteligente (o vaporzinho até saía pela chaminé). Nesse projeto, sensores de temperatura umidade verificavam as condições do ambiente, e ligavam a liberação de vapor sempre que o ambiente estivesse muito quente e/ou seco. Quando os índices melhoravam, o próprio sistema desligava a liberação de vapor.
O último grupo de 2022 queria ajudar as pessoas com deficiência motora e montou uma prótese de mão impressa em 3D que se movia de acordo com o sinal elétrico dos músculos do paciente. O sensor ficava preso no braço com eletrodos (iguais aos que a gente usa para fazer exame do coração) e, com a contração dos músculos, era possível abrir e fechar a prótese.
Genial, né? Mas nem só de projetos sensacionais viveu esse “curso”. Além do conteúdo trabalhado, as meninas participaram de eventos como o “American Girls Can Code”, na UNICAMP, visitaram a sede da PPG Brasil, assistiram palestras de mulheres impressionantes, puderam trabalhar seu autoconhecimento em oficinas durante o ano e tiveram várias oficinas para discutir como estar de maneira segura na internet, evitar fake news e ainda ter uma melhor relação com a rede. Também rolou muita diversão. Teve até um dia em que a garotada caiu na piscina!
Gostou? Tá interessada? Chega junto e se inscreve na edição de 2023 amanhã! Vem muita novidade por aí, e temos certeza que a segunda edição do projeto vai ser tão sensacional quanto a primeira. Nos vemos lá!