São Paulo
Tankian dos Santos Sousa
Jardim Lapena
Tankian é uma desenvolvedora de linguagens artísticas. Tem 24 anos e é residente do bairro de São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo. Curadora de programações e comunicadora no Jet, agência de comunicação que fundou com dois amigos, iniciou sua vida nas artes através da educomunicação.
Com atuação abrangente que caminha de trabalhos com as artes do palco, como musicais e espetáculos de dança à desenvolvimento e execução de roteiro e direção cinematográfica, hoje, Tankian integra o núcleo de pesquisa em moda da marca Vou Assim como uma das artistas residentes no ateliê sediado no Centro Cultural São Paulo, é estudante de artes visuais e ainda arranja tempo para produzir artistas e coletividades independentes em funções como produção local, produção artística e fotografia de espetáculo.
No perifaimpacto, sua iniciativa é a Yalodê Produções, selo onde a artista pretende desenvolver um sentido educativo e de transformação do setor artístico com a inserção de populações trans racializadas.
Participar do Perifaimpacto para mim é atuar quanto protagonista da minha própria história e pensar perspectiva de futuro através das coisas que eu posso ofertar para o mundo quanto à pedagogia.
Lucas Vinicios Alves
Jardim Lapena
Lucas Vinicios Alves (Luck Vas), 28 anos, é fundador do projeto Revoada Terapia e atua como produtor cultural e orientador socioeducativo. Nascido e criado na Zona Leste de São Paulo, no bairro do Jardim Lapena, em São Miguel Paulista, Luck é um artista de múltiplas camadas: poeta falado, provocador de emoções, estrategista da transformação social e apaixonado pela vida em cada detalhe. Reconhecido como uma das vozes mais influentes do Slam Poetry no Brasil, ele mistura eloquência e sarcasmo, poesia e luta, criando pontes entre o sonho e a realidade, entre a periferia e o mundo. Com o Revoada Terapia, Luck constrói espaços onde jovens e lideranças periféricas podem se descobrir, se revelar e se afirmar, unindo arte, cultura e impacto social. Sua trajetória é a de quem governa com sensibilidade, encanta com paixão e transforma com criatividade, acreditando que a periferia é um terreno fértil para soluções audaciosas e corações generosos.
“Ser selecionado para o PerifaImpacto é mais do que um reconhecimento. É a chance de expandir meu alcance, provocar novas conexões com outras lideranças periféricas e mostrar que nossos territórios têm voz, coragem e magia para transformar o mundo.”
Irawó Gonçalves
Jardim Marcelo - Capão Redondo
Iniciativa: Slam Pretagonista
Irawó, 27 anos, criadora da zona sul de São Paulo, é poeta, slammer, slammaster, modelo, agente cultural e arte-educadora. Com um trabalho que percorre a literatura marginal, moda e cultura periférica, já se apresentou em diversos espaços culturais e desfilou em eventos renomados, como a SPFW. Como produtora cultural, atuou em projetos da Secretaria Municipal de Cultura e na Fábrica de Cultura Capão Redondo. Idealizadora e organizadora do Slam Pretagonista, seu trabalho busca dar visibilidade e fomento aos poetas periféricos. Em sua trajetória, fala sobre luta de classe, afro-erotismo, amor e autocuidado, com o lançamento de seu primeiro zine, Respeite o Seu Tempo, em 2023.
“Ser selecionada para o PerifaImpacto é uma honra e uma grande responsabilidade. É reconhecer que a caminhada construída no território tem força, propósito e potência para transformar realidades. Participar do programa é a chance de fortalecer minha atuação com o Slam Pretagonista, trocar com outras lideranças e seguir ampliando o alcance da palavra como ferramenta de mudança”.
Ygor Silva Severo 'Poeta CJ'
Vila Dalva
Iniciativa: Microteca
Ygor Silva Severo, conhecido como Poeta CJ, nasceu em Camaçari (BA) e se mudou para São Paulo aos 9 anos. Começou a escrever poesias na comunidade Vila Dalva, tem três livros escritos e já se apresentou em mais de 80 escolas públicas, além de penitenciárias e SAICAs. Fez parte da exibição “Nossa Canção”, na Exposição do Museu da Língua Portuguesa, ao lado de grandes nomes da música popular brasileira como Tom Zé, Carlinhos Brown e Gilberto Gil. Já se apresentou em mais de 15 unidades do Sesc e subiu ao palco do Theatro Municipal de São Paulo no Dia Nacional do Funk. Foi campeão do Campeonato Artístico Parlapatões, com mais de 100 pessoas inscritas. Também foi modelo da Belmonth, junto de Enzo From The Block e Projota, e homenageado pela cultura hip hop no Estado de São Paulo. Poeta CJ foi finalista do Campeonato Estadual de Santa Catarina (2022), finalista do Campeonato Nacional de Poesia Acre Graffiti (2025), campeão regional por três anos consecutivos e participou quatro vezes do Campeonato Estadual de Poesia Falada de São Paulo. É também vencedor do Campeonato Internacional de Poesia Afro Arte (2023). Hoje, aos 25 anos, é articulador cultural, slammer, slam master do Slam Oz, apresentador do Sarau Zona Ouro, MC, ator e artista circense — trabalhando com corda e malabares. Leva voz e esperança às comunidades, transformando a arte em poder e inclusão para jovens periféricos.
Fazer parte desse projeto é um sonho desde quando vi o edital pela primeira vez. É muito importante ter acesso a um curso que vai me profissionalizar, para que eu possa realizar meus sonhos de uma forma mais justa. O PerifaImpacto mostra, com pequenas atitudes, como podemos ser maiores — e o quanto já somos gigantes — despertando sonhos e trazendo senso crítico para jovens artistas.
Myla Silva
Jardim Lapena
Iniciativa: Teatro Independente
Atriz, de 29 anos, mãe de Eva Catarina, de 09 anos. Nascida na cidade de São Luís/Maranhão. Participou do Grupo de Teatro Independente no Maranhão, estudou na Escola de Música da Polícia Militar Instrumental. Em 2012, se mudou para São Miguel Paulista, Zona Leste de São Paulo/SP, integrou junto ao núcleo teatral: Cia Utilidade Pública, com a peça: Dia Útil. Circulando pela cidade de São Paulo: Teatro Flávio Império, Aldeia Satélite Espaço Cultural, Festival do Livro e Literatura de São Miguel e praças públicas.
Uma das idealizadoras do grupo de performance/cênica/poética PARDOnizadas com a ação Sangue Sujo, criado no ano de 2017. Em 2022, pelo Grupo PARDOnizadas iniciou a perfomance PILARES SESSION é um compilado harmônico inédito que mescla a declamação, o canto e a performance cênica. O trabalho possui como característica central a linguagem da música. Atualmente trabalha como mentora social na ONG Gerando Falcões com o Projeto Decolagem, fazendo acompanhamento com famílias de alta vulnerabilidade, traçando metas e objetivos em busca de uma vida digna.
No ano de 2021, com o grupo PARDOnizdas iniciou o projeto Entre Becos e Vielas, com o apoio e incentivo financeiro da ONG Fundação Tide Setubal, que nasceu da vontade de levar arte, cultura e lazer para a comunidade, com foco nas crianças e adolescentes.
Ser selecionado para o Perifa Impacto foi uma grande surpresa! Eu não imaginava que teria essa oportunidade, e isso me mostrou o quanto sou capaz de crescer e desenvolver meu projeto dentro da comunidade. Esse processo tem me ajudado a enxergar, de uma forma mais técnica, a grandeza do que estou construindo. Também me fez acreditar ainda mais que as pessoas da comunidade podem, sim, alcançar lugares altíssimos.
Amanda Cassemiro Fernandes
Jd Rosas
Iniciativa: A Mulher na Estrada
Amanda Cassemiro, 25 anos, é uma artista independente, poeta marginal e MC. Mulher negra nascida e residente em Francisco Morato, São Paulo, atua na interseção entre arte, cultura periférica e inovação social. É idealizadora do projeto A Mulher na Estrada, iniciativa voltada à valorização e inclusão de mulheres periféricas, mães solos e lideranças comunitárias, com foco no empoderamento feminino e na transformação social.
Ser selecionada para o PerifaImpacto representou um importante passo no fortalecimento da minha trajetória artística e social. A experiência me ajudou a reconhecer minha potência enquanto mulher periférica e a transformar ideias em projetos concretos, mostrando que o sonho é possível e realizável. Considero de grande valor o conteúdo formativo, as trocas e as vivências compartilhadas entre a organização e os participantes, que contribuem diretamente para o crescimento individual e coletivo.
Gabriel Henrique Rodrigues Da Silva
Carapicuíba
Gabriel Henrique, vulgo Okam Kari, 21 anos, um dos criadores da iniciativa Slam Arandu, um coletivo de competição de poesia falada que acontecerá em Carapicuíba. Estudante de fisioterapia e poeta de Carapicuíba, Zona Oeste de São Paulo, artista independente, apresentador e articulador do coletivo Sarau Zona Ouro, slammaster do Slam Pretagonista e autor dos livretos “Blues” 2023 e “A chave para Kemet” 2025 (esse último cravando seu vulgo na cena), produzidos em parceria com a editora, também independente, “Aula Viva”. Defensor de uma ideia baseada em conhecimento preto e da cultura negra vindo da mãe Afrika, especificamente de Kemet, o Egito antigo e com isso quer gerar como impacto a união das pessoas pretas e a volta ao conhecimento ancestral.
Ser selecionado para participar do PerifaImpacto impacto foi uma surpresa envolta em um sentimento de realização, onde pude me deparar em um momento onde muitas portas poderiam ser apertadas para o meu desenvolvimento como artista.
Camilli Miranda Silva
Tupinambá, Região dos Pimentas
Iniciativa: Fora da Curva LAB
Camilli Miranda, 20 anos, é fundadora e diretora do Perifluentes, uma escola de idiomas online e acessível que tem como missão democratizar o ensino de inglês para pessoas periféricas. Natural do Vale do Paraíba e atualmente residente na Grande São Paulo, constrói sua trajetória na interseção entre educação, cultura e impacto social. Além de liderar o Perifluentes, também integra o Fora da Curva LAB, iniciativa voltada à formação e aceleração de jovens lideranças periféricas, onde tem aprofundado conhecimentos em inovação social, comunicação estratégica e gestão de projetos. Tem experiência na liderança de ações educacionais e culturais, com foco em ampliar oportunidades para juventudes periféricas e fortalecer o protagonismo dos territórios populares. Ao longo dos últimos anos, vem estruturando iniciativas que conectam formação linguística, inovação social e transformação comunitária.
“Ser selecionada para o PerifaImpacto é um passo importante no meu percurso como jovem liderança. É a chance de fortalecer estratégias, ampliar conexões e mostrar que a periferia cria caminhos próprios para gerar mudanças reais.”
Adler da Silva Martins
Jd Nova Vitória
Adler da Silva Martins, vulgo Coala, é um aquariano emblemático, homem negro, morador da Zona Leste de SP — São Mateus. Iniciou sua jornada na arte através do hip-hop como B-boy em 2006. Músico autodidata, inspirado em seu avô, aprendeu violão e começou a cantar suas próprias composições. Adler é um multiartista conhecido como Loucoala’Mc e tem diversos trabalhos audiovisuais em seu canal #Sanatório, selo que ele mesmo fundou em 2019 para ajudar artistas locais a lançarem suas músicas de forma independente e criarem autonomia em seus trabalhos. Formado em técnico de som, gestão de produção cultural (SMC) e produção musical, trabalha como técnico de som e diretor de palco pela @ArteirosProduções. É integrante do coletivo Sarau do Vale, fundado em 2015 por Danylo Paulo, que faleceu em 2024. A pedido dos demais integrantes, Adler tem assumido e coordenado as ações do coletivo, que já tem mais de 10 anos de atuação no território de forma independente, incentivando o desenvolvimento artístico periférico e buscando fomento através de políticas públicas. Durante a pandemia, realizou ações como oficinas, lives e distribuição de cestas básicas em parceria com outros coletivos do território. Adler tem participação nos livros “Igualdade Poética” (2022) e “Revoada dos Versos” (2024), ambos lançados na Bienal Internacional do Livro. Acredita que a arte — especialmente através do hip-hop — pode mudar o mundo, diminuindo a desigualdade social, trazendo consciência de classe, respeito ao meio ambiente e extinguindo toda forma de preconceito.
É uma grande honra saber que seus ideais são válidos de investimento, que existem pessoas que também acreditam no seu sonho e fortalecem sua luta, potencializando e partilhando o conhecimento
Nycoli Mirella Cicio Leite
Jardim Santa Brígida
Iniciativa: Slam Oz e Jornal Correria
Nyca, 20, é uma multiartista da Zona Oeste de São Paulo, diretamente de Carapicuíba. Compositora, poeta, escritora, slammer, slammaster, arte – educadora e produtora cultural.
Em 2023 encontrou seu palco no Slam e se integrou ao coletivo Sarau Zona Ouro.
Lançou o livreto “Rouff” (2024) pelo Instituto Aula Viva e tornou-se parte do Slam Oz e Colabora como entrevistadora no Jornal Correria. Expandiu sua presença nacional como poeta convidada no Festival Slam Guettude (Florianópolis/SC) e durante a Flip 2025 na Casa das Favelas (Paraty/RJ). Fez presença em eventos como : Favela Literária na Expo Favela e conquistou o quarto lugar na primeira chave do Campeonato Estadual de Poesia falada (2024). Participou da Antologia do Slam do 13 (2025).
Nyca trilha caminhos que unem política, palavra, ritmo, performance e território, sempre em movimentos artísticos e educacionais para mudar não só a sua, como a vida de todos que a rodeiam.
Ser selecionada para o PerifaImpacto é como um combustível no carro da vida. É um oxigênio para preencher os pulmões da esperança, contra a poluição da insegurança, da falta de recursos e ferramentas.
Campinas
Angel
Jardim São Vicente
Iniciativa: Breaking nas Quebradas
Bgirl Angel One é dançarina de Breaking e produtora cultural de Campinas, São Vicente. Aos 27 anos, lidera uma iniciativa voltada ao fortalecimento do Breaking — elemento da cultura Hip Hop — por meio de oficinas, campeonatos e ações que promovem a valorização de artistas e ampliam o acesso à arte nas periferias da cidade. Com 4 anos de trajetória na dança, já participou de apresentações, campeonatos e produziu coletivamente eventos de Hip Hop, além de ministrar workshops e oficinas.
Sua atuação busca transformar o cenário cultural local, revelando novas B-Girls e B-Boys e enfrentando a marginalização que ainda marca o Breaking em Campinas
Ser selecionada pelo Perifaimpacto é uma honra. Na primeira vez que estive reunida com o corpo de direção e lideranças selecionadas pensei: “Como assim estou no meio de pessoas tão incríveis?” Cheguei a pensar: “Será que sou boa o bastante para estar no meio de pessoas tão gigantes?” Com o passar do tempo, sinto que estou no lugar certo, com as pessoas certas, que acreditam e se movem por um mundo melhor, mais inclusivo e com interesses sinceros, potentes, de fortalecimento de artes, cultura, educação em territórios marginalizados.
Emanuelle Nogueira dos Santos
Satélite Iris
Iniciativa: Editoriais com Crianças Negras da Periferia
Emanuelle Nogueira, tenho 21 anos, sou uma mulher negra e LGBT. Sou fundadora do “Garimpando na Quebrada”, que, por sua vez, está envolvido em um projeto de tranças dirigido por mim. O projeto está localizado em Campinas-SP, no satélite Íris III, onde a ideia inicialmente nasceu e, aos poucos, está ganhando forma e estrutura.
Até o momento, não realizamos nenhuma iniciativa, mas já estamos com muitos projetos em andamento. Um deles visa proporcionar empoderamento e resgatar a autoestima de pessoas negras e jovens periféricos, trazendo um edital que promoverá arte e cultura para esses jovens.
Fazer parte do PerifaImpacto e ser selecionada para ele traz mais autoconfiança e marca um grande passo na minha trajetória, permitindo-me aprofundar meus conhecimentos tanto culturais quanto sociais nos territórios periféricos.
Camila Mayra dos Anjos Caetano
Vila União
Iniciativa: Capacitação para Mães Deficientes Visuais
Camila Mayra dos Anjos Caetano, 32 anos, é mãe do Benjamin, de dois anos, casada com Tiago Caetano e pessoa com deficiência visual. Formada em Direito, nasceu e cresceu em Campinas, no bairro Vila União, vindo de uma família periférica e marcada por desafios, como a experiência de ter o pai em situação de rua e dependência alcoólica. Desde cedo, enfrentou uma realidade de desestrutura familiar, mas transformou essas vivências em força para construir sua trajetória.
Aos 18 anos, assumiu a responsabilidade de cuidar da filha de uma conhecida, acompanhando-a até os cinco anos de idade. Essa experiência fortaleceu sua habilidade maternal e, hoje, como mãe biológica, ela idealizou uma iniciativa para apoiar pessoas com deficiência a exercerem plenamente a maternidade ou a paternidade. Seu objetivo é acolher e ensinar famílias a se tornarem rede de apoio, sem ocupar o lugar do pai ou da mãe com deficiência, promovendo autonomia e respeito.
Além disso, atua como voluntária em causas sociais, como o Teleton, e se dedica a auxiliar pessoas com ou sem deficiência, seja divulgando oportunidades de emprego, orientando quem tem dificuldade com tecnologia ou oferecendo apoio em momentos de vulnerabilidade. Seu propósito é unir crescimento pessoal e profissional ao compromisso de retribuir o que recebeu de bom da vida, ampliando o impacto de suas ações. Entre seus projetos futuros, pretende criar iniciativas voltadas ao acolhimento e orientação de jovens em situação de violência doméstica, reafirmando seu compromisso com a transformação social.
Participar do perifa, foi muito e está sendo especial, recentemente perdi o emprego e emocionalmente fiquei muito abalada, financeiramente então nem se fala, além de desenvolver habilidades para o projeto, notei que estou evoluindo como uma profissional e como pessoa participando do projeto, conheço pessoas, troco ideias, conheço culturas, apesar de ter crescido em periferia, vejo uma grande diversidade participando do perifa, e o principal, me sinto incluída tanto nas atividades presencial como nas atividades on-line, o grupo também me trata com igualdade, eles ouvem as minhas ideias contribuem com opiniões pessoais e compartilham comigo também sobre os seus projetos, pra mim tem sido um momento muito marcante, Estou trabalhando a Home Office há muito tempo, então me deu a oportunidade de sair um pouco de casa e conviver com pessoas, que normalmente faz falta
Juliene Katlyn Rodrigues Barbosa
São domingos / Campo Belo
Iniciativa: Dream Home Casa do Sonho
Juliene Katlyn, 30 anos, mulher negra, multi-artista, professora e graduada em Publicidade e Propaganda, eterna aprendiz da dança e atualmente estudante de teatro.
Atua a partir de Campinas, onde nasceu e cresceu, unindo arte, cultura periférica e educação social. Já desenvolveu projetos de dança e educação social em sua comunidade em parceria com coletivos locais, atua como professora de dança na academia Ritmei, dançarina e atriz para publicidade comercial.
A sua iniciativa chamada Casa do Sonho, nasce da dor de não ter tido acesso a aulas de dança na infância e ainda atualmente pela falta de acessibilidade da arte, cultura e educação de qualidade na periferia, ela acredita que a arte pode ser acessível e transformar vidas, acredita na potência das quebradas como espaços de transformação social. A Casa do Sonho é o espaço onde sonhos se tornam realidade, criamos a oportunidade através da capacitação e incentivo.
Ser selecionada para o PerifaImpacto foi a melhor oportunidade que me apareceu neste momento da minha vida. É a chance de tirar meu projeto do papel e o melhor obtendo conhecimento de como estruturá-lo para ser sólido e eficaz naquilo que me proponho a gerar. Sinto total confiança em ser capacitada pelo time PerifaImpacto, os conteúdos, assessorias, tem transformado minha visão social e melhorado meu projeto. Sou grata.
Rayssa Raabe Duarte Raimundo
Ouro Verde - DIC 5
Iniciativa: Duarte Filmes
Cantora, compositora, produtora musical e audiovisual, Duarte é pura potência da cena campineira! Mulher negra da periferia, começou a cantar aos 9 anos na igreja do seu bairro, nos DICs. Aos 13, com um violão que ganhou da avó, aprendeu a tocar sozinha e logo começou a postar seus sons no Facebook. Aos 16, conheceu o produtor Haakbeats e gravou suas primeiras músicas. Em 2019, entrou para o Chamagang Mob e subiu ao palco do Hip Hop Festival antes mesmo de lançar músicas – um marco!
Além de cantar e tocar, Duarte mergulhou na produção musical e hoje produz suas próprias faixas (e de outros artistas). Em 2021, criou a DUARTEFILMS, produtora de audiovisual onde dirige seus próprios clipes e de outros artistas.
Rayssa Raabe Duarte Raimundo
VPA - Vila Padre Anchieta
Rayssa Souza, 27 anos, Mulher indígena periférica em retomada do povo Tupi Guarani, fundadora do projeto Aldeia Periférica e empreendedora Colorista Criativa @rgbelos . Nascida e criada no bairro Vila Padre Anchieta, Campinas – SP.
Rayssa elabora projetos que promovem reparação histórica entre aldeia e periferia, lutando contra o apagamento histórico de povos indígenas e periféricos, trazendo história, cultura, meio ambiente e comunidades trabalhando em coletivos.
Ativista no acampamento ATL, maior acampamento indígena da américa latina onde luta pela demarcação de terras e direitos para povos indígenas.
“O PerifaImmpacto abre espaço para quem não tem acesso poder pensar também sobre as estruturas e se projetar no mundo. Poder acessar essas ferramentas de formação e oportunidade com certeza já é um impacto!
Letícia Damiana Moreira da Silva
Jardim Fernanda
Letícia Moreira, 23 anos, é fundadora da Tigresinhas, marca de acessórios e expressão cultural nascida na periferia de Campinas (Campo Belo). Estudante de Produção de Moda, Letícia atua na interseção entre moda, cultura periférica e empreendedorismo criativo, utilizando sua marca como ferramenta de autoestima e valorização das mulheres da quebrada. A Tigresinhas já realizou campanhas e editoriais que unem arte, literatura e identidade, sempre com foco na representatividade e na potência das narrativas periféricas. Letícia acredita que a moda pode ser um instrumento de transformação social, fortalecendo o protagonismo feminino e a economia criativa nas periferias.
“Ser selecionada para o PerifaImpacto é um reconhecimento da minha caminhada e da força da Tigresinhas. É a chance de aprimorar o projeto, ampliar meu olhar sobre impacto social e provar que as quebradas também ditam tendências e criam futuros possíveis.”
Kairon Luyli Soares
Jardim do Lago
Iniciativa: Suco de Quebrada
Kairon Luyli, 27 anos, transmasculino nordestino, é fundador da iniciativa Suco de Transmasc, técnico em dança e filho da Casa de Manzamussa na comunidade ballroom. Atua em Campinas, onde mora a quase 3 anos, com idealizações voltadas para a cultura, arte, novas economias criativas e igualdade de gênero. Participou de inúmeros projetos voltados para a cultura ballroom, com oficinas, performances, produção de eventos, entre outros, e confia fortemente nas tecnologias sociais como ferramentas para a construção de um futuro melhor.
“Quando descobri que faria parte do PerifaImpacto, me senti muito grato e realizado com essa oportunidade. Me sinto fortalecido para colocar em prática todo o conhecimento que estou adquirindo, potencializar as quebradas para que possamos construir juntes a realidade que merecemos viver.”
Breno Vinicius de Mello Cardoso
Campo Belo
Iniciativa: Que Rolo é Esse
Meu nome é Breno Vinícius de Melo Cardoso, sou de Campinas e moro na quebrada do Itaguaçu, lá no fundão do Campo Belo. Estou à frente do projeto “Que Rolo é Esse”, e da iniciativa “Paçocas zero”, onde levo sabor, resistência e arte pras ruas.
Há quatro anos, tomei uma decisão corajosa: larguei o CLT e escolhi empreender de forma independente, diretamente das ruas. Através da venda de doces, venho construindo minha caminhada com dignidade, enfrentando não só os desafios comuns de todo empreendedor, mas também os obstáculos que vêm com a vulnerabilidade de quem trabalha na informalidade e na periferia.Sou um homem trans, preto, periférico e compositor musical. A arte é minha aliada, é por meio dela que mantenho minha mente firme, minha luta viva e meus sonhos possíveis.
Estar no Perifa Impacto é mais que uma oportunidade, é a chance de amplificar minha voz e de tantas outras pessoas como eu, que muitas vezes são silenciadas. É a esperança de ver nossos sonhos sendo levados a sério — e finalmente realizados.
Herbert Otacilio da Silva
São Marcos
Iniciativa: Trajeroxo
Herbert Otacilio Da Silva é artista visual movido pela escuta sensível do mundo e pela potência transformadora da imagem. Inspirado pelo grafitti, pelo pixo e pela estética do Hip-Hop, sua produção nasce da observação do cotidiano e da construção simbólica de territórios de liberdade. Seu trabalho é marcado pela responsabilidade afetiva e pelo desejo de retribuir o que o movimento lhe ensinou. Inserido em uma rede coletiva de trocas e referências, Herbert acredita na arte como cartografia de mundos possíveis e na rebeldia como força vital
Ser selecionado foi uma surpresa, porque aconteceu justamente em um momento em que eu estava me reconhecendo como liderança. Estava saindo de um lugar mais solitário, voltado à produção de artes visuais, e estar com outras lideranças, podendo aprender com elas, tem sido muito enriquecedor.